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Capital do Medo

O 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado há algumas semanas mostrou com a exatidão das estatísticas que vivemos na Capital do medo. Porto Alegre registrou o índice de 40,6 assassinatos por 100 mil habitantes no ano passado. O Rio de Janeiro teve 20,2 assassinatos por 100 mil habitantes. Traduzindo números em realidade concreta: o risco de ser assassinado em Porto Alegre é duas vezes maior do que no Rio de Janeiro.

O RS ficou atrás apenas do Piauí entre os Estados em que a taxa de assassinatos mais no mesmo período (entre 2013 e 2014). Se vivemos em uma cidade conflagrada, é de se esperar das autoridades políticas estratégicas para responder à essa ameaça.

Mas, se consideradas apenas as capitais das regiões que ocupam os primeiros lugares no ranking do Pib (Sudeste e Sul), a capital gaúcha lidera a lista. E o que observamos nos últimos dias foi uma reviravolta capitaneada pela Polícia Civil. Mesmo sem recursos humanos e estruturais, duas grandes operações foram realizadas e provocaram um baque profundo no crime organizado.

Realizadas em Porto Alegre, na Região Metropolitana e no Litoral Norte, as ações coordenadas, com planejamento e estratégia, representam um alento em meio ao caos. Duas operações empreendidas pela Polícia Civil, nos últimos dias, mostraram na prática que é possível enfrentar o crime organizado. A Gênesis

É necessário que o Estado pare de colocar a vida de seus agentes de segurança em risco e de abrir mão de enfrentar o crime com inteligência; pois perde a sociedade, que se sente brutalizada e acuada pelo medo da violência. A falta de priorização do tema da segurança pública no país tem vitimado tanto agentes de segurança quanto a população – destacando-se uma parcela jovem, negra, pobre e radicada nas periferias.

Continuo acreditando que o nosso kit de segurança deve conter: metas claras articulando políticas e forças estaduais e federais; promoção da valorização da atividade policial e do aprimoramento das técnicas de inteligência para investigação; atendimento aos menores infratores com vistas a ressocialização; formação e informação, educação e instrução.

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